Esporte Espetacular
Olá queridas! Notícias da abacaxisse no Pan:
1) Final de futebol feminino no Maracanã. Eu sei, você deve estar pensando: "ei, peraí! Maracanã = cheiro de mijo + homem suado e bêbado + porradobol na arquibancada!".
Mas que nada, meniiina! Foi excelente. Eu e as companheiras abacaxis dividindo banquinhos com gurias adolescentes e marmanjos, velhinhas e grávidas, uma coisa muito bacana. Nada de cheiro de mijo, nada de homem suado berrando "romário, chupa meu caralho".
Só as meninas do Brasil chutando a bunda das americanas (e que bundinhas mais lindas pra se chutar...) num jogaço de boooola, amigos do esporte! Futebol de mulher é definitivamente hype. Inclusive, acho que a gente deveria organizar um time para jogar no Aterro do Flamengo de madrugada. Eu sou a favor de mulheres suadas correndo na minha direção, então eu quero ser goleira. E jogar contra o time das sem-camisa.
2) A goleira do handebol feminino se chamava Chana. Chana Machon. Agora vejam vocês.
Eu lá, vendo handebol feminino - que já é uma coisa meio sapa, vamos combinar - e o narrador berra: "Feeecha! A Chana fecha tudo e não deixa a bola entrar de jeeeeito nenhum!!!".
Não teve jeito de não rir na cara da minha horrorizada mãezinha.
3) Estou entrando no maracanãzinho para ver as meninas do Brasil massacrarem o Peru (turumdum tsssss!) no vôlei, quando passo por dois playboys. Um deles vira-se para o outro e diz: "Caralho, puta que pariu, mermão! Esse maracanãzinho tá muito lindo mermo! Puta merda! Tá tão lindo que dá até vontade de bater punheta!"
E eu, jogando minha echarpe por cima do ombro, fingi que não tinha ouvido, mas não teve jeito. Fiquei chocada. Pensei: "Pãtz, nem se eu tirar meu cérebro, pendurar pela medula e mergulhar numa tina de testosterona eu entendo uma coisa dessas! Bater punheta pro maracanãzinho?!?".
Depois, a Mari entrou em quadra e eu também fiquei com vontade de bater punheta, então achei melhor esquecer esse assunto.
4) Almoçando, percebo que o telão do restaurante está mostrando a prova de hipismo. Então, muito feliz, sento bem na frente para assistir a prova. Estou a rir do nome de um dos nossos cavalos - vá lá, todos os cavalos têm nomes ridículos, mas Chupa Chup já é demais, não é mesmo? - quando o garçom vai lá, mete aquela mão suada e peluda no botão e muda de canal.
Vai parar em um desses programas de "debate" esportivo, com uns quatro ou cinco sujeitos sujeitos de camisa social cáqui com uma camiseta branca por baixo. Eu revirei meus olhos e me concentrei na mussarela de búfala em forma de Chana Machon que estava em meu prato.
Quanto eu estava acabando de comer, escuto um dos sujeitos falar sobre a Edinanci. Já me preparei para o pior.
Para a minha total surpresa, o sujeito parecia a Vange falando. Fiquei bege. Falou que era um absurdo isso de as pessoas quererem determinar o gênero de alguém com exame de sangue, que isso era muito maior do que a quantidade de testosterona que você carrega e que fazer uma mulher passar pelo sofrimento de ter seu gênero determinado por um laboratório era um crime. Depois, falou ainda que era uma grande besteira isso de querer dizer que existe um padrão de mulher bonita. Que as meninas baixinhas da ginástica olímpica eram bonitas, que as jogadoras de vôlei eram bonitas, que as nadadoras eram bonitas, sim.
(eu concordo plenamente, aqueles ombros me deixam dando pulinhos na cadeira)
E que feminilidade não pode ser colocada em uma fôrma, que existem vários padrões, todos lindos, todos femininos.
E ainda meteu o pau no machismo histórico do futebol e elogiou a final de futebol feminino.
Eu fiquei chocada. Os outros caras concordaram com a cabeça e tal. E corta pro comercial.
Achei muito hype. Achei que podia ser um símbolo de um futuro promissor, mas talvez tenha sido só a Mística disfarçada. Enquanto eu estava no maracanã, a mulher atrás de mim comentou que aquelas jogadoras de futebol tinham que ser todas sapatões pra correr daquele jeito, não era possível. (?!?)
Que que tem uma coisa a ver com a outra, não sei. Mas, agora já sabem: viu uma mulher correndo pela rua, corre atrás, que é do nosso time!
Enfim. Era isso. Um beijo na boc...a de todas vocês.
Carmen Salto-Com-Vara
1) Final de futebol feminino no Maracanã. Eu sei, você deve estar pensando: "ei, peraí! Maracanã = cheiro de mijo + homem suado e bêbado + porradobol na arquibancada!".
Mas que nada, meniiina! Foi excelente. Eu e as companheiras abacaxis dividindo banquinhos com gurias adolescentes e marmanjos, velhinhas e grávidas, uma coisa muito bacana. Nada de cheiro de mijo, nada de homem suado berrando "romário, chupa meu caralho".
Só as meninas do Brasil chutando a bunda das americanas (e que bundinhas mais lindas pra se chutar...) num jogaço de boooola, amigos do esporte! Futebol de mulher é definitivamente hype. Inclusive, acho que a gente deveria organizar um time para jogar no Aterro do Flamengo de madrugada. Eu sou a favor de mulheres suadas correndo na minha direção, então eu quero ser goleira. E jogar contra o time das sem-camisa.
2) A goleira do handebol feminino se chamava Chana. Chana Machon. Agora vejam vocês.
Eu lá, vendo handebol feminino - que já é uma coisa meio sapa, vamos combinar - e o narrador berra: "Feeecha! A Chana fecha tudo e não deixa a bola entrar de jeeeeito nenhum!!!".
Não teve jeito de não rir na cara da minha horrorizada mãezinha.
3) Estou entrando no maracanãzinho para ver as meninas do Brasil massacrarem o Peru (turumdum tsssss!) no vôlei, quando passo por dois playboys. Um deles vira-se para o outro e diz: "Caralho, puta que pariu, mermão! Esse maracanãzinho tá muito lindo mermo! Puta merda! Tá tão lindo que dá até vontade de bater punheta!"
E eu, jogando minha echarpe por cima do ombro, fingi que não tinha ouvido, mas não teve jeito. Fiquei chocada. Pensei: "Pãtz, nem se eu tirar meu cérebro, pendurar pela medula e mergulhar numa tina de testosterona eu entendo uma coisa dessas! Bater punheta pro maracanãzinho?!?".
Depois, a Mari entrou em quadra e eu também fiquei com vontade de bater punheta, então achei melhor esquecer esse assunto.
4) Almoçando, percebo que o telão do restaurante está mostrando a prova de hipismo. Então, muito feliz, sento bem na frente para assistir a prova. Estou a rir do nome de um dos nossos cavalos - vá lá, todos os cavalos têm nomes ridículos, mas Chupa Chup já é demais, não é mesmo? - quando o garçom vai lá, mete aquela mão suada e peluda no botão e muda de canal.
Vai parar em um desses programas de "debate" esportivo, com uns quatro ou cinco sujeitos sujeitos de camisa social cáqui com uma camiseta branca por baixo. Eu revirei meus olhos e me concentrei na mussarela de búfala em forma de Chana Machon que estava em meu prato.
Quanto eu estava acabando de comer, escuto um dos sujeitos falar sobre a Edinanci. Já me preparei para o pior.
Para a minha total surpresa, o sujeito parecia a Vange falando. Fiquei bege. Falou que era um absurdo isso de as pessoas quererem determinar o gênero de alguém com exame de sangue, que isso era muito maior do que a quantidade de testosterona que você carrega e que fazer uma mulher passar pelo sofrimento de ter seu gênero determinado por um laboratório era um crime. Depois, falou ainda que era uma grande besteira isso de querer dizer que existe um padrão de mulher bonita. Que as meninas baixinhas da ginástica olímpica eram bonitas, que as jogadoras de vôlei eram bonitas, que as nadadoras eram bonitas, sim.
(eu concordo plenamente, aqueles ombros me deixam dando pulinhos na cadeira)
E que feminilidade não pode ser colocada em uma fôrma, que existem vários padrões, todos lindos, todos femininos.
E ainda meteu o pau no machismo histórico do futebol e elogiou a final de futebol feminino.
Eu fiquei chocada. Os outros caras concordaram com a cabeça e tal. E corta pro comercial.
Achei muito hype. Achei que podia ser um símbolo de um futuro promissor, mas talvez tenha sido só a Mística disfarçada. Enquanto eu estava no maracanã, a mulher atrás de mim comentou que aquelas jogadoras de futebol tinham que ser todas sapatões pra correr daquele jeito, não era possível. (?!?)
Que que tem uma coisa a ver com a outra, não sei. Mas, agora já sabem: viu uma mulher correndo pela rua, corre atrás, que é do nosso time!
Enfim. Era isso. Um beijo na boc...a de todas vocês.
Carmen Salto-Com-Vara
3 Comments:
Obrigada, cara Pucci.
A Chana é mesmo uma inspiração para todas nós.
É... Pucci é um nome realmente muito P*R*I*D*E, não é mesmo, minha gente?
E não nos deixas outra escolha: temos que escolher a Vó Gina Pucci como mascote agora. Dedraaaan, trata de fazer a arte, meu bem!
Que nossa senhora da inseminação artificial te abençoe, em nome da mãe, da outra mãe, da filha e do espírito de porco, sinal da vulva, amén.
parafraseando a moça daí de cima
"...sinal da vulva. hímen."
kkkk
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