70 virgens - primeira parte
Você está acordando. Um barulhinho de motor.
Não, não. Ele vem crescendo, barulhão de um motor enorme, artificialmente abafado por camadas de estranhas fibras derivadas do petróleo – e chega a ser suave. Suavidade cumulus nimbus, de colossos distantes.
Você percebe que está despertando, mas não quer abrir os olhos. Nessa hora, a gente sempre começa a sentir de leve os desconfortos de voltar sem querer à consciência: a coluna exige ser esticada, a perna de baixo está dormente e ameaça um mandado de segurança, o frio arranha as pontas dos dedos e abruptos cheiros irrompem a calmaria alucinógeno-anestésica do mundo de Marlboro, digo, de Morfeu.
Por falar nisso, seu estômago, sensível e exigente como as senhoras com enormes carrinhos na Tok Stock, é rápido no diagnóstico: cigarro.
Seu resmungo, filho punk rock da senhora da Tok Stock: eca, putaquiupariu...
Você aperta os olhos, rebelando-se contra a violência da existência autoritária e súbita do mundo extra-onírico. Mas não adianta, seu estômago já despertou e está chamando o gerente. Você abre os olhos, lenta e contrariadamente e vê... Ahn?!
Um brinco de diamante flutua no espaço negro. Você pisca, ele continua lá, flutuando. Pisca de novo e o busto de Newton, lá no laboratório da sua antiga escola, não pode fazer nada por suas leis: o brinco de diamante ainda flutua no negro nada.
“Ok, devo estar tendo um pesadelo”. Freud cheira pensativo o charuto e parece achar a hipótese válida.
Brincos de diamante são tão estranhos, você pensa. Fazem par com colares de pérolas na dupla mágica de manipular o tempo-espaço: fazem moças parecerem tão velhas e tão parecidas com as velhas quando eram moças...
Não, não. Ele vem crescendo, barulhão de um motor enorme, artificialmente abafado por camadas de estranhas fibras derivadas do petróleo – e chega a ser suave. Suavidade cumulus nimbus, de colossos distantes.
Você percebe que está despertando, mas não quer abrir os olhos. Nessa hora, a gente sempre começa a sentir de leve os desconfortos de voltar sem querer à consciência: a coluna exige ser esticada, a perna de baixo está dormente e ameaça um mandado de segurança, o frio arranha as pontas dos dedos e abruptos cheiros irrompem a calmaria alucinógeno-anestésica do mundo de Marlboro, digo, de Morfeu.
Por falar nisso, seu estômago, sensível e exigente como as senhoras com enormes carrinhos na Tok Stock, é rápido no diagnóstico: cigarro.
Seu resmungo, filho punk rock da senhora da Tok Stock: eca, putaquiupariu...
Você aperta os olhos, rebelando-se contra a violência da existência autoritária e súbita do mundo extra-onírico. Mas não adianta, seu estômago já despertou e está chamando o gerente. Você abre os olhos, lenta e contrariadamente e vê... Ahn?!
Um brinco de diamante flutua no espaço negro. Você pisca, ele continua lá, flutuando. Pisca de novo e o busto de Newton, lá no laboratório da sua antiga escola, não pode fazer nada por suas leis: o brinco de diamante ainda flutua no negro nada.
“Ok, devo estar tendo um pesadelo”. Freud cheira pensativo o charuto e parece achar a hipótese válida.
Brincos de diamante são tão estranhos, você pensa. Fazem par com colares de pérolas na dupla mágica de manipular o tempo-espaço: fazem moças parecerem tão velhas e tão parecidas com as velhas quando eram moças...
1 Comments:
Olá...Caraca, eu adoro esse blog, encontrei ele quando estava querendo saber sobre a sexualidade da Michelle Rodriguez (que cá entre nós, todo mundo sabia, acho q só ela que não! rsss)...muito bom!
Aproveitando a visita nessa 'megavilha', vou deixa meu blog pra vcs visitarem...Eu escrevo minha vida, mas mudando lugares e com imagens do the jogo The Sims (e o meu nome no site é inspirado na Alex de O.C....maravilhosa!)!
beijos calientes para todas!
;)
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