Satchurdêi Náitch Considerêixons
Noite de sábado e eu aqui, trabalhando. Puta merda, viu.
Ô vida.
Pra compensar, depois de lavar minhas cuecas e dar comida pros gatos, fiz um chá, coloquei calças de pijama, regata branca de algodão, uma kipá confortável, minha barbicha-tabacow Max style e minhas pantufas.
Sim, pantufas. Elas combinam com meus óculos.
Vocês todas já sabem dessa notícia, que eu sei, mas eu to sem nada pra fazer e preciso procrastinar o trabalho. Então, me aturem, sim?
Em janeiro agora começa a última temporada do L Word, a novela fancha que nós amamos odiar.
Eis aí o teaser:
Todo mundo sabia que alguém ia morrer. Todo mundo sabe que quem morre é sempre negro ou judeu. Obama venceu as eleições, uma negra é a cota de hétero, a outra é a cota de republicana... Pronto. Fudeu. Sobra pra judia pentelha.
Pausa para o nossoInterlúdio Musical Abacaxi Com Tofu: The Killers, com 'Jenny Was A Friend Of Mine':
E estamos de volta.
Um monte de gurias revoltadas na página do dykerama, lamentando a bateção de botas da Jenny, dizendo que era a personagem mais "complexa" do seriado.
(Quê?!?)
Eu, pessoalmente, considero sempre relevante lembrar a diferença entre roteiro sem nexo e um personagem complexo.
Come on, gente! Pela cinta importada da profeta! Pega qualquer personagem, faz uma cena de chororô no banheiro com giletes e sangue, pronto, é "complexo"...
(O mesmo vale para a "tentativa" de dar "profundidade" à Shane, falando en passant assim de cocaína... Tchuruuu... Cocaína, depressão, cena clichê de desorientação na praia, briga em bar com DOIS seguranças armários - uma semana passou, upa, pronto! To bem!)
Aliás, a cena da Shane brigando com dois seguranças armários é uma das minhas favoritas de todos os tempos. Como a gente não sabe o motivo da briga, ainda bem, sempre dá pra eu fantasiar que eles discordaram veementemente da Shane, discutindo a laicidade estatal versus a liberdade religiosa. Seguranças rednecks republicanos, são sempre um problema, viu...
Segundo Interlúdio Musical Abacaxi com Tofu: uma homenagem à liberdade religiosa e à carreira (turumdum tssss) da Shane - Jake, o fenômeno do axé católico, com "pó pará com pó", na Tv Aparecida:
But I digress. Vamos lá, não é mesmo, minha gente? Roteiro do L Word não é pra fazer sentido em seqüência! Exemplos de doideiras bizarras:
* A Alice era uma bi militante, ficava irritada com as calega fancha tudo que faziam os clássicos comentários emcimadomurofóbicos, defendia com unhas (!) e dentes o direito da meia bruschetta - meia calabresa... Puft! De repente, veio a fada do caminhão e enfanchou a mulher.
* A Helena tinha dois filhos, era grudada neles, brigava na justiça pela guarda... Cadê os filhos? Sumiram. A mulher até foge pruma ilha com uma presidiária, com o dinheiro que ela roubou nem me lembro como. E, aí, ela volta, viva!, pra nos alegrar com aquele sotaque delicioso. E quando alguém morre, ela FICA na sala? Sério? Pra conversar com a Delegada Xena?
(se bem que eu talvez ficasse, só pra ver a estrela de xerife da Xena...)
* A Dana morre. Sério? A Dana!? Nunca vou perdoar isso. Fiquei traumatizada.
Coitada da Dana, cara. Primeiro, a Lara larga ela. Ela fica com aquele negócio possuído from hell chamada Tonya. Depois, larga a trambolha pra ficar com a Alice - e eu fiquei feliz com um casal pelo menos uma vez nesse seriado. Daí, ela larga a Alice (tipo HEIN?!? Alguém na vida faria isso?!?!) e volta com a Lara. Ok, ok. Daí, uma atleta patrocinada - todo mundo sabe que atleta faz check-up toda hora - tem cancer de mama. Ah, me pollllpa! Com esse monte de mulher fazendo o exame do pega-no-peitinho nela, sem contar a equipe médica?!?
* Shane não quer pegar Page porque sabe que é uma galinha. Shane fala isso pra Page. Page insiste. Shane continua hesitando, diz que é uma galinha mil vezes. Page não se importa. Shane passa o rodo, claro. Page dá um discurso blasé sobre 'maturidade'. Shane, mostrando do que o blasé é feito, passa o rodo de novo. Page pira de repente e BOTA FOGO no emprego da outra!
Ana Maria Braga, sobre Shane:
Ah, e o irmãozinho-filhote da Shane some de uma hora pra outra. Pra onde vão essas crianças, minha gente???
* Bette Porter, uma mulher refinada, ex-curadora, uma especialista em arte - e também se especializa em pegar mulher feia!
(E não, eu não acho a menor graça em quem fica sacaneando o jeito da Jodi de falar.)
Só acho que a Bette, toda maravilhosa naqueles ternos, dean de uma universidade, quando a Jennifer Beals não estraga tudo tentando atuar, merecia um pouco mais de respeito. Com tudo isso, mais aquela Tinaceitável mulher dela ser uma CHATA de galochas fluorescentes, e ela ainda consegue fazer as segundas melhores cenas de sexo dessa porra desse seriado!
* Depois de cagar bombons pras bis, ignorar solenemente os problemas políticos e sociais, 'latinas' que não falam uma palavra de espanhol, personagens negras necessariamente chatas, depois disso tudo, quando eu já estava rouca e todo mundo já estava me chamando de Mo...
Tudo piora! O pior não tem limites, minha gente!
Veja só. Nós, um monte de fancha. A gente sabe o que é ser tratado como um pedaço de cocô na sola de um mocassim.
Daí, pegam uma minoria da minoria, os FTM. E o que fazem, minha gente? O quê?
Será que fazem uma revolução, como a Shane, que colocou a moral das butches usadoras de gravata lá no alto?
Não!
Fazem sabe o quê? O Ivan.
Depois, botam a Daniela Sea pra atuar.
(Daniela Sea, com vergonha alheia por a terem deixado "atuar")
Bom, pelo menos o Max dá pra OLHAR quando fica calado. Afinal, travesti e transgênero é sempre basicamente um saco de pancada ou um objeto sexual ambulante mesmo...
Ai ai.
Enfim. Acabei de reclamar por hoje.
Vamos lá, quero ver vocês comentando, minha gente, esse povo aqui tá muito parado! Todo mundo sabe que fancha adora discutir tudo, que que vcs tão esperando, gurias?
Tira o pé do chão! Vai, vai, vai!
Beijo, me liga,
Carmen Sandiego Kvetchmann
Ô vida.
Pra compensar, depois de lavar minhas cuecas e dar comida pros gatos, fiz um chá, coloquei calças de pijama, regata branca de algodão, uma kipá confortável, minha barbicha-tabacow Max style e minhas pantufas.
Sim, pantufas. Elas combinam com meus óculos.
Vocês todas já sabem dessa notícia, que eu sei, mas eu to sem nada pra fazer e preciso procrastinar o trabalho. Então, me aturem, sim?
Em janeiro agora começa a última temporada do L Word, a novela fancha que nós amamos odiar.
Eis aí o teaser:
Todo mundo sabia que alguém ia morrer. Todo mundo sabe que quem morre é sempre negro ou judeu. Obama venceu as eleições, uma negra é a cota de hétero, a outra é a cota de republicana... Pronto. Fudeu. Sobra pra judia pentelha.
Pausa para o nossoInterlúdio Musical Abacaxi Com Tofu: The Killers, com 'Jenny Was A Friend Of Mine':
E estamos de volta.
Um monte de gurias revoltadas na página do dykerama, lamentando a bateção de botas da Jenny, dizendo que era a personagem mais "complexa" do seriado.
(Quê?!?)
Eu, pessoalmente, considero sempre relevante lembrar a diferença entre roteiro sem nexo e um personagem complexo.
Come on, gente! Pela cinta importada da profeta! Pega qualquer personagem, faz uma cena de chororô no banheiro com giletes e sangue, pronto, é "complexo"...
(O mesmo vale para a "tentativa" de dar "profundidade" à Shane, falando en passant assim de cocaína... Tchuruuu... Cocaína, depressão, cena clichê de desorientação na praia, briga em bar com DOIS seguranças armários - uma semana passou, upa, pronto! To bem!)
Aliás, a cena da Shane brigando com dois seguranças armários é uma das minhas favoritas de todos os tempos. Como a gente não sabe o motivo da briga, ainda bem, sempre dá pra eu fantasiar que eles discordaram veementemente da Shane, discutindo a laicidade estatal versus a liberdade religiosa. Seguranças rednecks republicanos, são sempre um problema, viu...
Segundo Interlúdio Musical Abacaxi com Tofu: uma homenagem à liberdade religiosa e à carreira (turumdum tssss) da Shane - Jake, o fenômeno do axé católico, com "pó pará com pó", na Tv Aparecida:
But I digress. Vamos lá, não é mesmo, minha gente? Roteiro do L Word não é pra fazer sentido em seqüência! Exemplos de doideiras bizarras:
* A Alice era uma bi militante, ficava irritada com as calega fancha tudo que faziam os clássicos comentários emcimadomurofóbicos, defendia com unhas (!) e dentes o direito da meia bruschetta - meia calabresa... Puft! De repente, veio a fada do caminhão e enfanchou a mulher.
* A Helena tinha dois filhos, era grudada neles, brigava na justiça pela guarda... Cadê os filhos? Sumiram. A mulher até foge pruma ilha com uma presidiária, com o dinheiro que ela roubou nem me lembro como. E, aí, ela volta, viva!, pra nos alegrar com aquele sotaque delicioso. E quando alguém morre, ela FICA na sala? Sério? Pra conversar com a Delegada Xena?
(se bem que eu talvez ficasse, só pra ver a estrela de xerife da Xena...)
* A Dana morre. Sério? A Dana!? Nunca vou perdoar isso. Fiquei traumatizada.
Coitada da Dana, cara. Primeiro, a Lara larga ela. Ela fica com aquele negócio possuído from hell chamada Tonya. Depois, larga a trambolha pra ficar com a Alice - e eu fiquei feliz com um casal pelo menos uma vez nesse seriado. Daí, ela larga a Alice (tipo HEIN?!? Alguém na vida faria isso?!?!) e volta com a Lara. Ok, ok. Daí, uma atleta patrocinada - todo mundo sabe que atleta faz check-up toda hora - tem cancer de mama. Ah, me pollllpa! Com esse monte de mulher fazendo o exame do pega-no-peitinho nela, sem contar a equipe médica?!?
* Shane não quer pegar Page porque sabe que é uma galinha. Shane fala isso pra Page. Page insiste. Shane continua hesitando, diz que é uma galinha mil vezes. Page não se importa. Shane passa o rodo, claro. Page dá um discurso blasé sobre 'maturidade'. Shane, mostrando do que o blasé é feito, passa o rodo de novo. Page pira de repente e BOTA FOGO no emprego da outra!
Ana Maria Braga, sobre Shane:
Ah, e o irmãozinho-filhote da Shane some de uma hora pra outra. Pra onde vão essas crianças, minha gente???
* Bette Porter, uma mulher refinada, ex-curadora, uma especialista em arte - e também se especializa em pegar mulher feia!
(E não, eu não acho a menor graça em quem fica sacaneando o jeito da Jodi de falar.)
Só acho que a Bette, toda maravilhosa naqueles ternos, dean de uma universidade, quando a Jennifer Beals não estraga tudo tentando atuar, merecia um pouco mais de respeito. Com tudo isso, mais aquela Tinaceitável mulher dela ser uma CHATA de galochas fluorescentes, e ela ainda consegue fazer as segundas melhores cenas de sexo dessa porra desse seriado!
* Depois de cagar bombons pras bis, ignorar solenemente os problemas políticos e sociais, 'latinas' que não falam uma palavra de espanhol, personagens negras necessariamente chatas, depois disso tudo, quando eu já estava rouca e todo mundo já estava me chamando de Mo...
Tudo piora! O pior não tem limites, minha gente!
Veja só. Nós, um monte de fancha. A gente sabe o que é ser tratado como um pedaço de cocô na sola de um mocassim.
Daí, pegam uma minoria da minoria, os FTM. E o que fazem, minha gente? O quê?
Será que fazem uma revolução, como a Shane, que colocou a moral das butches usadoras de gravata lá no alto?
Não!
Fazem sabe o quê? O Ivan.
Depois, botam a Daniela Sea pra atuar.
(Daniela Sea, com vergonha alheia por a terem deixado "atuar")
Bom, pelo menos o Max dá pra OLHAR quando fica calado. Afinal, travesti e transgênero é sempre basicamente um saco de pancada ou um objeto sexual ambulante mesmo...
Ai ai.
Enfim. Acabei de reclamar por hoje.
Vamos lá, quero ver vocês comentando, minha gente, esse povo aqui tá muito parado! Todo mundo sabe que fancha adora discutir tudo, que que vcs tão esperando, gurias?
Tira o pé do chão! Vai, vai, vai!
Beijo, me liga,
Carmen Sandiego Kvetchmann
12 Comments:
dear Kvetchmann,
acho que eu precisar de uma diccionario yidish-portugues pois eu confundir "complexa" com BOOOOORING!!!!
A economia em crise e a alta do dólar tem tornado a cinta importada do profeta um item raro e mítico e aí a fancharada perde o critério. Sabe como é essa difícil empreitada de balancear a relação entre amor e temor.
Adoro (?!) a meiga inocência lolita-num-episódio de-chaves de mallu. Será que ela vai ser levada pra ilha de lost, onde um vórtex eletromagnético engoliu o elenco mirim de The L Word?
Ai, nessas horas eu levanto os dedos (arelúra!) aos céus e agradeço pelo sotaque da Helena.
Ah, sim, e o Max não tá com vergonha alheia, ele tá chapadão e acabou de comer um brigadeiro pra matar a larica.
Fica a pergunta: se pó fosse feminino a Shane ia cheirar ou comer? (tudum tsssssss)
" as melhores cenas de sexo desse seriado " ...senti o pelo do meu braço levantar..hahaha..como diz meu patrao: OXALA..
Yeah! É isso aí,Pucci!
*bate na mão*
Gente, acho que to no cio... Que calor, minina!
Ver The L Word sozinha definitivamente não é uma boa idéia... Cadê minha agenda?
Este comentário foi removido pelo autor.
Fiquem com o Max; to d boa com a Shane! o/
Apoio o comentário sobre a Dana! Super me identificava com a falta de gaydar XDD
Não vejo problema nenhum em ver TLW sozinha. Cara, apaga a luz, prestenção na Shane na tela e seja feliz!
Não sou uma fancha de respeito... já se passaram algumas temporadas desde que eu parei de acompanhar TLW. Na verdade eu acho que sou um viado, já que sou VICIADA em Queer as Folk. Os personagens são muito menos... complexos, digamos assim.
Aviso aos navegantes: estou tirando aquele chamuscado da minha parede, raspando e lixando junto com minha patroa... caso eu precise de ajuda, conto com o time (como sempre).
beijoca a todas
Ela começa dizendo q não é uma fancha de respeito e termina com "raspando e lixando" a parede...aiai...c tá confusa, hein Dalloway! XD
Pó contá comigo oI
vamos lá, time!
Cadê as botas de contrutor cor-de-rosa e o cinturão de ferramentas???
minha bota é azul U_U
Eu vou descalça. Mas com cint@ de ferramentas.
Beizo.
hahhahah
bem, acho que vou fazer isso em janeiro e chamo vocês sem dúvida. A cerveja, o sambinha e as gostosas são por minha conta para as trabalhadoras braçais. Eu e minha patroa supervisionamos o trabalho e a temperatura da cerveja. Sobre as gostosas, acho que vcs se viram bem.
PCHT!
Samba nãaaaaaaaoooo!!! Levarei meu mp3 o/
Como assim as gostosas ficam por nossa conta!? Tem q chamar as amigas, Dalloway!!!
Postar um comentário
<< Home