Tomou de quatro, foi?
Gente. Nada como uma manhã saponácea.
Você acorda e tem podrão de salsicha de soja na geladeira, que prepararam com todo o carinho para ti. Muito bom - só porque uma guria é vegetariana não significa que tenha que parar de comer comida de sapatão, não é mesmo, minha gente?
Você pega o pote, prepara o podrão, tasca no microondas, ajeita a cueca, coloca um Ades sabor abacaxi com tofu no copo. Vai começar o jogo. Que emoção. Brasil e Alemanha, aquele clássico. Você, de cueca, chuteira e meião - e só, que é pra dar sorte.
A Alemanha. O tabu da Alemanha. Essas mulheres que adoram consoantes e salsichão - você nunca vai entender...
(A gente nunca ganha da Alemanha. Acho que é porque elas estão acostumadas com salsichões bem maiores que o da Tânia e o da Cristiane juntos... )
Além disso, tem outro problema: sua lealdade fica confusa. Você jamais admitiria em público, mas você torce para a zagueira da Alemanha ao mesmo tempo em que torce para o ataque brazuca. É meio paradoxal, eu sei. Mas sapatão consegue.
Afinal, são esferas diferentes da vida, percebam: você quer que a Hingst entre de carrinho em você, de preferência só de meião e chuteira, dentro de um vestiário esfumaçado, mas misteriosamente vazio, que nem nos filmes pornô lésbicos disfarçados de drama-comédia esportiva. Já o ataque brazuca, minha gente... bem... Digamos que a sua relação com o nosso ataque é de mera lealdade geográfica-sócio-político fancho-cultural-futebolística. Não dá para querer carrinho da Marta, mesmo ela sendo a melhor do mundo, entendem?
Treino é treino, jogo é jogo.
Agora, vamos lá: a raiva. Bem, sua raiva tem dois focos principais: a filha da puta da Prinz, o nada pequeno Prinzipe da Alemanha, essa desgraçada que faz gol com a facilidade com que você queria fazer sexo. Tá bom que ela faz gol muito sem graça - assim, mama T e mama B. Mas ela faz pra caralho - assim, Papi-style. Ainda por cima, Pequeno Prinz faz pra caralho - no nosso cu.
Dói muito no c... oração, sabe? Prinz filha da puuuuuuuuta...
O segundo foco de raiva é a goleira da Alemanha, a Angerer. O nome condiz, ela me irrita muito, mermão. Ela não toma nenhum. Ela não deixa nada passar. Nem UM gol. Ela é inviolável. É uma espécie de goleira goldstar dos jogos saficolímpicos. E ela vive grudada sorrindinho aquele sorriso de ogra do lado da minha zagueira favorita. Na seleção, no time sueco... Tá sempre lá, do ladinho da Hingst. E ela agarra tudo. Você fica pensando nela agarrando todas as bolas - e a Hingst. A raiva faz o sangue ferver nas suas têmporas. Filha da puta. Angerer filha da puuuuuta...
Começou o jogo, a Pequeno Prinz marca. Um a zero. Prinz filha da puuuuta...
(Aaai, ui, muitas alemãs comemorando... Ui, minina, que que é isso, quanta Mannschaft... Gooool! Toooor! Opa, esqueci, tenho que ficar triste, peraí, deixa me concentrar!)
Daí, vem a Formiga pra resolver essa porra. Ela cospe no chão, ajeita o calção e chuta - a gente empata. Aêêê!
(Formiga comemora e a juíza, prestativa, aponta a direção do sarau de MPB mais próximo)
Com o empate, o Brasil começa a gostar do jogo. Sabe como é sapatão, se empolga com drama. Daí, nossa equipe começa a botar muita pressão. Eu acho ótimo. Brasil no ataque significa que vão focalizar bastante a defesa alemã.
(Marta, mostrando toda a sua graça e o charme que faz dela a melhor do mundo; e a linda da Hingst, mostrando quase toda a sua graça inferior, para delírio da torcida.)
Intervalo pro segundo tempo. Resolvi agir. Peguei o telefone e caprichei no alemão:
_Oi, Ariane, sou eu, meu bem. Olha só, vou te fazer uma proposta indecente: se você deixar passar, eu te deixo passar tudo, em mim toda. E eu me passo toda onde você quiser. Deixa passar, vai, Ari... Deixa, vai...
E pronto.
Cristiane deve ter ganhado uma massagem especial de alguém no vestiário, porque voltou toda se querendo e meteu logo dois, sem tirar. Ela praticamente pariu a vitória do Brasil, percebam:
(Vamos conferir no replay... E parece que o pai é... a Formiga, minha gente!)
A Marta colaborou também e fez tudo o que eu queria fazer naquele momento: deu uma bolada no saco da Angerer, vejam só que emoção:
Tomou de quatro, Angerer filha da puuuutaaa!! De quatro! Cré-cr-cr-cr-cré-créééu.
(Mas não contem pra ninguém que fui eu que ajudei. Deixa ficar toda a glória para a companheira Cristiane, que jogou bagaraio hoje.)
Você acorda e tem podrão de salsicha de soja na geladeira, que prepararam com todo o carinho para ti. Muito bom - só porque uma guria é vegetariana não significa que tenha que parar de comer comida de sapatão, não é mesmo, minha gente?
Você pega o pote, prepara o podrão, tasca no microondas, ajeita a cueca, coloca um Ades sabor abacaxi com tofu no copo. Vai começar o jogo. Que emoção. Brasil e Alemanha, aquele clássico. Você, de cueca, chuteira e meião - e só, que é pra dar sorte.
A Alemanha. O tabu da Alemanha. Essas mulheres que adoram consoantes e salsichão - você nunca vai entender...
(A gente nunca ganha da Alemanha. Acho que é porque elas estão acostumadas com salsichões bem maiores que o da Tânia e o da Cristiane juntos... )
Além disso, tem outro problema: sua lealdade fica confusa. Você jamais admitiria em público, mas você torce para a zagueira da Alemanha ao mesmo tempo em que torce para o ataque brazuca. É meio paradoxal, eu sei. Mas sapatão consegue.
Afinal, são esferas diferentes da vida, percebam: você quer que a Hingst entre de carrinho em você, de preferência só de meião e chuteira, dentro de um vestiário esfumaçado, mas misteriosamente vazio, que nem nos filmes pornô lésbicos disfarçados de drama-comédia esportiva. Já o ataque brazuca, minha gente... bem... Digamos que a sua relação com o nosso ataque é de mera lealdade geográfica-sócio-político fancho-cultural-futebolística. Não dá para querer carrinho da Marta, mesmo ela sendo a melhor do mundo, entendem?
Treino é treino, jogo é jogo.
Agora, vamos lá: a raiva. Bem, sua raiva tem dois focos principais: a filha da puta da Prinz, o nada pequeno Prinzipe da Alemanha, essa desgraçada que faz gol com a facilidade com que você queria fazer sexo. Tá bom que ela faz gol muito sem graça - assim, mama T e mama B. Mas ela faz pra caralho - assim, Papi-style. Ainda por cima, Pequeno Prinz faz pra caralho - no nosso cu.
Dói muito no c... oração, sabe? Prinz filha da puuuuuuuuta...
O segundo foco de raiva é a goleira da Alemanha, a Angerer. O nome condiz, ela me irrita muito, mermão. Ela não toma nenhum. Ela não deixa nada passar. Nem UM gol. Ela é inviolável. É uma espécie de goleira goldstar dos jogos saficolímpicos. E ela vive grudada sorrindinho aquele sorriso de ogra do lado da minha zagueira favorita. Na seleção, no time sueco... Tá sempre lá, do ladinho da Hingst. E ela agarra tudo. Você fica pensando nela agarrando todas as bolas - e a Hingst. A raiva faz o sangue ferver nas suas têmporas. Filha da puta. Angerer filha da puuuuuta...
Começou o jogo, a Pequeno Prinz marca. Um a zero. Prinz filha da puuuuta...
(Aaai, ui, muitas alemãs comemorando... Ui, minina, que que é isso, quanta Mannschaft... Gooool! Toooor! Opa, esqueci, tenho que ficar triste, peraí, deixa me concentrar!)
Daí, vem a Formiga pra resolver essa porra. Ela cospe no chão, ajeita o calção e chuta - a gente empata. Aêêê!
(Formiga comemora e a juíza, prestativa, aponta a direção do sarau de MPB mais próximo)
Com o empate, o Brasil começa a gostar do jogo. Sabe como é sapatão, se empolga com drama. Daí, nossa equipe começa a botar muita pressão. Eu acho ótimo. Brasil no ataque significa que vão focalizar bastante a defesa alemã.
(Marta, mostrando toda a sua graça e o charme que faz dela a melhor do mundo; e a linda da Hingst, mostrando quase toda a sua graça inferior, para delírio da torcida.)
Intervalo pro segundo tempo. Resolvi agir. Peguei o telefone e caprichei no alemão:
_Oi, Ariane, sou eu, meu bem. Olha só, vou te fazer uma proposta indecente: se você deixar passar, eu te deixo passar tudo, em mim toda. E eu me passo toda onde você quiser. Deixa passar, vai, Ari... Deixa, vai...
E pronto.
Cristiane deve ter ganhado uma massagem especial de alguém no vestiário, porque voltou toda se querendo e meteu logo dois, sem tirar. Ela praticamente pariu a vitória do Brasil, percebam:
(Vamos conferir no replay... E parece que o pai é... a Formiga, minha gente!)
A Marta colaborou também e fez tudo o que eu queria fazer naquele momento: deu uma bolada no saco da Angerer, vejam só que emoção:
Tomou de quatro, Angerer filha da puuuutaaa!! De quatro! Cré-cr-cr-cr-cré-créééu.
(Mas não contem pra ninguém que fui eu que ajudei. Deixa ficar toda a glória para a companheira Cristiane, que jogou bagaraio hoje.)