31.5.09

Fuck you very, very mu-u-u-ch!

Campanha política + música + bom humor = Abacaxi Com Tofu apoiando o Sindicato do Arco-Ìris!

Seguinte: o povo pegou a música "Fuck You", da Lilly Allen, que manda aquele foda-se piscante para os homofóbicos, e fez videozinhos bem-humorados. Apoiei.

(apoio principalmente as fanchas francesas gatinhas)

Seguem dois vídeos (versões americana e francesa, respectivamente), o blog que está organizando a versão brasileira e a letra da música com tablatura, para você decorar e tocar na próxima festinha abacaxi.






Blog Stonewall, organizando a versão brasileira: http://blogstonewall.blogspot.com/

Participa, fancha! Chama os amiguinhos, a mamãe, a vovó e a sua professora de literatura inglesa!



Lily Allen - Fuck you

E5 C#m
Look inside, Look inside, Your tiny mind
B5
Then look a bit harder, Cos we're so uninspired
F#m
So sick and tired
A B
Of all The hatred you harbour

[E5]So you say
It's not okay to be gay[C#m]
Well I think You're just evil
[B5]You're just some racist
[F#m]Who can't tie my laces
[A]You're point of view
Is medieval[B]

[E5]F*ck you, f*ck you
Very, very much[C#m]
Cos we [B5] hate
What you do
And we [F#m] hate
Your whole crew
So [A] please
Don't stay in touch [B]

[E5] Fuck you, fuck you
Very, very much [C#m]
Cos your [B5] words
Don't translate
And it's [F#m] getting
Quite late
So [A] please
Don't stay in touch [B]

[E5]Do you get Do you get
A little kick[C#m]
out Of being Small minded
You want to [B5]be Like your father
His [F#m]approval You're after
[A]Well that's not how
You'll find it[B]

[E5] Do you
Do you really enjoy [C#m]
Living a life
That's so [B5] hateful
Cos there's a [F#m] hole
Where your soul
Should be
You're [A] losing
Control of it
And it's really
Distasteful[B]

[E5]F*ck you, f*ck you
Very, very much[C#m]
Cos we [B5] hate
What you do
And we [F#m] hate
Your whole crew
So [A] please
Don't stay in touch [B]

[E5] Fuck you, fuck you
Very, very much [C#m]
Cos your [B5] words
Don't translate
And it's [F#m] getting
Quite late
So [A] please
Don't stay in touch [B]

[D5] Fuck you, Fuck you, Fuck you...
[E5] Fuck you, Fuck you, Fuck you...
[Em]Fuck you, Fuck you, Fuck you...
[G]Fuck you, Fuck you, Fuck you...
[A]Fuck you, Fuck you, Fuck you...

[E5]You say, you think we need to go to war[C#m]
well you're already in one
'Cos it's people[B5]like you
that [F#m]need to get slew
[A]No one wants
your opinion[B]

[E5]F*ck you, f*ck you
Very, very much[C#m]
Cos we [B5] hate
What you do
And we [F#m] hate
Your whole crew
So [A] please
Don't stay in touch [B]

[E5] Fuck you, fuck you
Very, very much [C#m]
Cos your [B5] words
Don't translate
And it's [F#m] getting
Quite late
So [A] please
Don't stay in touch [B]

29.5.09

Hilário

Nome popular: Sapatão
Nome científico: Sapathus enormyus


Hábitos: essencialmente diurnos.

Habitat: costuma viver entocado. Às vezes identificado em proximidades de lagoas, praias, grandes áreas arborizadas ou montanhas, exercitando-se.

Organização social: em casais. Também encontrado, com menos freqüência, em grandes grupos organizados de seres da mesma espécie.

Acasalamento: imediato, de parceria duradoura. Não resulta em procriação.

Alimentação: Há muitos registros de Sapathus enormyus cuja alimentação baseia-se majoritariamente em vegetais e carboidratos, completando suas necessidades de proteína com derivados de soja diversos.

Sangue: de temperatura elevada, costuma subir à cabeça e causar transtornos de relacionamento com demais seres da mesma espécie.

Aparência: Os espécimes de Sapathus enormyus de mais simples identificação possuem cabelos e unhas bem curtos.

Camuflagem: Há registros de Sapathus enormyus que conseguiram se camuflar com sucesso em sociedade fazendo uso de calçados de salto alto, saias e comprimentos mais longos de cabelo.

Fenômenos da espécie: Da associação de dois Sapathus enormyus diferentes costuma derivar um casal que, após certo tempo de convivência, passa a se assemelhar fisicamente, de maneira natural, mas não menos impressionante.





Fancha bem humorada é o que há, não é?! Ai, ai...Falando nisso, vou assistir Rachel Maddow!

Beijosmeliguem

24.5.09

Mas e as crianças?

Ave, companheiras!

Muito prazer, eu serei mais uma, outras vezes serei mais um - vai depender do meu humor - a colaborar com esse espaço de diversidade e baboseiras. Sintam-se mais do que livres pra meter o pau - só não vale se for orgânico - ou elogiar. Se estiverem gostando muito, podemos marcar um date ou mesmo pular logo pro que interessa: a sobremesa!

Como estou num clima sério, vamos falar de coisas sérias:

Quando a pauta do dia é homossexualiDADE, podemos cair numa quantidade infinita - vamos não filosofar aqui, ok? infinito = pra caralho (1:34) - de sub-tópicos: direito ao casamento [que, por sua vez, possui seus próprios sub-temas: paridade juridica e/ou sociológica com o dos heteros; possibilidade de negação da celebração pela instituições religiosas etc]; criminalização da homofobia; qual a opinião da Rachel Maddow sobre a questão da CIA ficar mentindo pros Congressistas americanos - ponto mais relacionado a questão fancho politicus - etc.

Nesse universo todo, acredito eu que uma questão em especial deixa muita gente com a pulga atrás da orelha: qual o impacto causaria nos toquinhos de gente serem criadas por duas mamães, dois papais, dues ...hã... pessoes?!?! ou seja: por qualquer indivíduo que não possua, desde o nascimento, os quesitos anatômicos necessários para ser encaixado no binário de gênero.

Eu já fui testemunha de declarações desse tipo: "não tenho preconceitos, mas na frente do meu filho não quero." Ou então algo como "mas aí vai induzir, influenciar a criança, que não sabe distinguir as coisas".
Gente, pelamordedeus, parem pra pensar no que estão falando!!!! Distinguir o que? Bem, eu costumo mentalmente completar a frase: distinguir entre o certo e o errado.

Muita gente confunde tolerância com indiferença. Vamos lá:

It is hard work to identify irrational beliefs about people who are different from oneself, understand that theses differences don't necessarily mean there's anything wrong or bad about the "other side", say no to hateful stereotypes and struggle to see people as they are rather than weak or inferior, stand up to the terror of difference, and create healthy boundaries between oneself and others, which permit an appreciation of their autonomy and even a love of their unique beauty and strength.

Palavras sábias de um dos meus autores favoritos, Patrick Califia, em Sex Changes - The Politics of Transgenderism.

Vamos lá, né, gente! Quantos de nós não fomos criados por pais heterossexuais? E, mesmo assim, olha só no que deu!!! Ou melhor, ainda damos! Ou não dá, só come, sei lá...
Vou até mais longe: farei minhas as palavras de uma palestrante que, ao ser perguntada se, no caso de liberalização geral dessa parada de crianças criadas por gays, o número de homossexuais não aumetaria. Ela não apenas disse que sim, disse que seria ótimo se aumentasse! Pois aumentaria o número de indivíduos sexualmente livres, que não foram cruelmente reprimidos, mas que tiveram a chance de se descobrir sem medo, investigar desde novos a sua sexualidade.

A partir desse ponto, cares amigues, eu apresento dois acontecimentos interessantes do envolvimento de crianças - estivessem elas ou não entendendo ou a par da situação - na questão do casamento homossexual nos US.

Primeiro, aqui vai uma propaganda da NOM - National Organization for Marriage - contra o legalização do casamento homossexual em New Hampshire:





COME ON!!!! Isso lá é argumento? "Our kids will be thought a new way of thinking" E isso é ruim? Quando eu ouvi fiquei toda "UHULL" e eles ficam tristes?!?

Eu vou copiar aqui o comentário de um ex-Mormon q eu li, tá?:

Speaking as a parent, I find this commercial completely insane ... By the same logic, you could argue that Hindus need to be segregated from monotheists: "Mommy I heard that some people don't believe that Adam and Eve were real -- and they believe in lots of gods that look funny to me. I'm confused!"


Agora uma coisa fofa:





Gente, esse mulequete de 9 anos, depois que soube que um casal gay do bairro não podia casar, resolveu, fácil assim, organizar um protesto! UM PROTESTO!!!!
Cara, mesmo que, obviamente, não tenha sido ele a escrever o discurso acima, foi dele a idéia de, depois de ouvir insultos homofóbicos no playground, juntas mamães, papais, amiguinhos, professores pra apresentar sua opinião! GE-NI-AL!

Aparentemente - pra alguns assuntos - idade não é empecilho.

Bem, ficou um pouco cumprido, né? Sorry.

Até a próxima. Beijos.

22.5.09

Que Fim Levou a "Proposition 8"?


Foi anunciado hoje que terça que vem, dia 26 de maio de 2009, a Suprema Corte da Califórnia (SCC) vai decidir se a “Proposition 8” é ou não inconstitucional.

Só pra lembrar, no dia 15 de maio de 2008 a SCC legalizou o casamento para todos. Desde então até o dia das eleições presidenciais em novembro do mesmo ano, cerca de 16,000 casais do mesmo sexo se casaram. A Califórnia era um grande arco-íris feliz até seu povo decidir, por voto popular com uma margem estretíssima (52% a favor e 48% contra), que esse direito deveria acabar no momento em que aprovaram a Proposition 8. Também refrescando a memória coletiva, a Prop 8 é uma medida que restringe a definição do casamento no estado da Califórnia entre a união de um homem com uma mulher. Mas, como toda briga por direitos iguais não termina de um dia pro outro, os casais homossexuais californianos e seus aliados entraram com um processo na justiça no dia seguinte das eleições alegando que a Proposition 8 ia contra a constituição da Califórnia, porque discriminava um grupo específico de pessoas e negava a esse grupo um direito dado a maioria.

(E dá-lhe passeatas e protestos em frente a igreja Mormon, uma das principais doadoras pra campanha da “Yes On Prop 8”)

No dia  5 de março deste ano, a SCC escutou os argumentos pró e contra a Proposition 8, mas só divulgará sua decisão final na próxima terça-feira, dia 26. A grande decisão a ser feita é julgar se a Proposition 8 representa apenas uma emenda a constituição da Califórnia (nesse caso ela permanecerá parte da lei) ou uma verdadeira revisão da Constituição. Neste segundo caso será preciso a aprovação de 2/3 do legislativo para que a Prop 8 permaneça em vigor.

Infelizmente, a maioria dos advogados locais acreditam que a Corte julgará a favor da maldita Prop. 8. Se essa lástima realmente acontecer a solução é esperar a questão ser novamente colocada a critério do voto popular, seja no ano que vem ou em 2012.

E até lá, mesmo não sendo californianas ou americanas, devemos continuar com o ativismo e sem perder as esperanças. Mas, acima de tudo, deveríamos conversar com pessoas que discordam com a gente sobre a importância do casamento para todos. Pois apesar de difícil, é engajando o outro lado que eventualmente conseguiremos mudanças positivas tanto na Califórnia quanto no Rio, e no resto do mundo. 

19.5.09

Apresentando a caloura-abacaxi do nosso blog:

Katchoo Krukowski, com sua coluna sobre política abacaxística nos EUA. Uma salva de palmas!

Eu achava que o renomado presidente dos EUA, Barack Obama, fosse progressivo e liberal o suficiente para não ver o menor problema com a questão do casamento para todos. E aparentemente era isso mesmo que ele apoiava em 1996. Curiosamente no entanto, sua política vem mudando e ficando cada vez mais conservadora. Achei estranho quando ele convocou o ministro Rick Warren para conduzir a reza no dia de sua inauguração, mas até aí eu acreditava que a estratégia era tentar dimunir a divisão entre os mais liberais democratas e o mais conservadores republicanos, e passar uma imagem de um Estados Unidos mais unido, onde pessoas de opiniões divergentes pudessem dividir o mesmo espaço. No entanto Obama vem tomando uma atitude cada vez mais ambivalente a respeito dos direitos de pessoas homossexuais, dizendo por exemplo ser a fovor dos direitos iguais para todas as pessoas, mas ser contra o casamento para todos por causa de sua religião. Hein?

Fica óbvio que o presidente americano está mesmo é querendo agradar a Gregos e Troianos e tentando ficar em silêncio e em cima do muro a respeito do assunto o maior tempo possível.

Esse artigo do Washington Post fala mais a fundo sobre o assunto, e discute também a mudança ainda mais extrema de posição do ex-prefeito de Washington D.C., Marion Barry, que em 1978 era o único candidato a prefeito que simpatizava com as causas de pessoas gays, e semana passada foi um dos líderes do movimento contra o casamento para todos. Vai entender!

Mas legal mesmo é o vídeo do Daily Show com Jon Stewart falando da aprovação do casamento no Maine e zoando essa mudança de posição do Barry, vale a pena conferir!

Segue abaixo o link do artigo completo do Washington Post escrito pelo jornalista Marc Fisher com o vídeo do Jon Stewart no meio:

http://voices.washingtonpost.com/rawfisher/2009/05/barry_obama_the_winding_road_t.html

_ Katchoo Krukowski

17.5.09

Miss California

7.5.09

Mais um pontinho no mapa - vamos celebrar!

Maine Governor Signs Same-Sex Marriage Bill
New York Times

By ABBY GOODNOUGH
Published: May 6, 2009

BOSTON — Gov. John Baldacci of Maine signed a same-sex marriage bill on Wednesday minutes after the Legislature sent it to his desk, saying he had reversed his position because gay couples were entitled to the state Constitution’s equal rights protections.

“It’s not the way I was raised and it’s not the way that I am,” Mr. Baldacci, a Democrat, said in a telephone interview. “But at the same time I have a responsibility to uphold the Constitution. That’s my job, and you can’t allow discrimination to stand when it’s raised to your level.”

Yet gay couples may not be able to wed in Maine anytime soon. Laws typically go into effect 90 days after the Legislature adjourns, which is usually in late June. But opponents have vowed to pursue a “people’s veto,” or a public referendum, in which Maine voters could overturn the law.

The opponents would be required to collect about 55,000 signatures within 90 days of the Legislature’s adjourning to get a referendum question on the ballot. If they succeeded, the law would be suspended until a vote could be held. Depending on how soon signatures were collected, that would be in November or the following June.

The Rev. Bob Emrich, a leader of the Maine Marriage Alliance, one of the chief opposition groups, said he believed the law would be overturned but not without an intensive campaign.

“It’s not automatic by any means,” Mr. Emrich said. “The proponents of changing the law and redefining marriage, they are very well funded, they have a great organization, and they’ve been at this a long time.”

Maine is the fifth state to legalize same-sex marriage, and the bill’s enactment comes almost five years after Massachusetts became the first in the nation to do so. The other states are Connecticut, Iowa and Vermont.

The New Hampshire legislature gave final passage on Wednesday to a same-sex marriage bill, but Gov. John Lynch has not said if he will sign it. Mr. Lynch, a centrist Democrat, has said in the past that marriage should be limited to a man and a woman. Once the bill reaches his desk, he will have five days to act on it.

Mr. Baldacci announced his decision in Augusta, Me., about an hour after the State Senate gave final passage to the bill, which codifies marriage as a legally recognized union between two people regardless of sex. Under state law, the governor had 10 days to sign the bill, veto it or let it become law without his signature.

But Mr. Baldacci, who cannot seek re-election because of term limits, said he had spent considerable time researching the legal ramifications of denying gay men and lesbians the right to marry.

Mr. Baldacci earlier supported civil unions for gay couples, which are legally recognized and provide many of the state rights and privileges that marriage does. Civil unions are legal in New Jersey, Connecticut and Vermont, but the latter two states are phasing them out after adopting same-sex marriage laws.

Since Vermont became the first state to allow civil unions in 2000, gay-rights supporters have increasingly said they relegate same-sex couples to a separate and unequal category.

Mr. Baldacci said his past opposition to same-sex marriage stemmed from his Roman Catholic upbringing. Exploring his feelings on the matter — and listening to those of other Maine residents — was, he said, “very emotional, very much a sort of baring of the soul that you’re listening to and going through yourself.”

He described voters as “the ultimate political power in this state,” and said it was important for them to weigh in, too.

“I think they will see the reasoning that I had in regards to the issue,” he said, “but it’s their right to put their stamp on it.”

Katie Zezima contributed reporting from Augusta, Me.



P.s.: Vou usar a Rachel Maddow (ai ai...) para chamar atenção, aqui. Gente, momento CAMPANHA de FANCHA - não é "casamento gay". É casamento, ponto. Não precisa de qualificador - afinal de contas, não existe um "casamento inter-racial" na lei, existe?

Portanto, quando for escrever sobre isso no próximo email para a sua mãe, escreva:
_Puxa, mami, olha que legal, o Sindicato do Arco-Ìris conseguiu que passassem por lei o direito ao casamento lá no Maine! Nem precisou ser pelo Judiciário! Não é muito legal? (com trocadilho jurídico - dê uma risadinha nerd)
_O casamento gay, filha?
_Eu também acho casamento uma coisa muito gay, mãe, gay até demais pra mim aliás... Mas lá no Maine acho que os héteros também podem casar!