29.6.06

Porque West Wing é o segundo melhor seriado do mundo

Segunda temporada, capítulo "The Midterms".

President Josiah Bartlet: Good. I like your show. I like how you call homosexuality an abomination.

Dr. Jenna Jacobs: I don't say homosexuality is an abomination, Mr. President. The Bible does.

President Josiah Bartlet: Yes it does. Leviticus.

Dr. Jenna Jacobs: 18:22.

President Josiah Bartlet: Chapter and verse. I wanted to ask you a couple of questions while I have you here.
I'm interested in selling my youngest daughter into slavery as sanctioned in Exodus 21:7. She's a Georgetown sophomore, speaks fluent Italian, always cleared the table when it was her turn. What would a good price for her be?
While thinking about that, can I ask another? My Chief of Staff Leo McGarry insists on working on the Sabbath. Exodus 35:2 clearly says he should be put to death. Am I morally obligated to kill him myself or is it okay to call the police?
Here's one that's really important because we've got a lot of sports fans in this town: touching the skin of a dead pig makes one unclean. Leviticus 11:7. If they promise to wear gloves, can the Washington Redskins still play football? Can Notre Dame? Can West Point?
Does the whole town really have to be together to stone my brother John for planting different crops side by side?
Can I burn my mother in a small family gathering for wearing garments made from two different threads?
Think about those questions, would you?
One last thing: while you may be mistaking this for your monthly meeting of the Ignorant Tight-Ass Club, in this building, when the President stands, nobody sits.


Oh yeah. Como eu queria um presidente assim, de verdade.

24.6.06

:: Update Sapobolístico ::

Então, agora que os mullets venceram os bigodes, temos, na 6a feira que vem, Argentina X Alemanha.

A pergunta é - sim, pra ser beeem sucinta; tem horas em que preliminar é só perda de tempo mesmo - quem se habilita a compartilhar gritos e comentários sobre os uniformes, dia 30/06???

23.6.06

So pq ainda to viva...

Venho aki relembrar a todas senhoritas que eu ainda tenho a terceira temporada completa e soh nao ve quem eh boboca e nao me liga p marcar. Como todas sabem o quao enrolada sou nao adianta ficar ai esperando eu chamar e combinar tudo com todo mundo pq (e o pior eh q eu ja tentei) vai dar errado.





O outro motivo que estou escrevendo aki eh para tentar auxiliar minha colega Carmen a reviver nosso querido blog. E trago tb minha desculpa d ter sumido daki e de nossos emails. Imagino que todas estejam com o mesmo problema (e outros mais). Eh o final de periodo onde nos atolamos em projetos e provas e nos tiram de nossa querida boemia... ai ai

Bitocas p todas! Mas p uma em especial...
=P

AbaKci

20.6.06

Piloto da Novela - Carolina, Nome de Menina (Sugiram títulos melhores, svp)

Carolina é uma menina, ou ao menos assim dizem, de classe média baixa que mora num desses bairros longínquos do centro do universo, ou seja, da zona sul do Rio de Janeiro. Estudante de direito, parte por ignorância, parte por masoquismo, nessa cena a vemos chegar em casa para o jantar. Ao lado da mesa está sua avó, arrumando os pratos duralex cor de açucar caramelado e os hediondos copos de plástico, que com o tempo ficam com gosto de plâncton. Sua mãe resmunga alto na cozinha. Pode-se ouvir ao fundo o apresentador perenemente indignado de um programa de tv pseudo-criminalista.

A avó corre para a porta:

_Oi, minha neta! Eu já estava ficando preocupada, você demorou taaaanto!!
_Quê? Mas eu cheguei cedo hoje, vó...
_Eu já tinha rezado para Santa Margarida, colocado Santo Antônio de cabeça para baixo, pregado o cartãozinho de Santo Expedito com um alfinete de prata atrás da porta do banheiro, amarrado uma fitinha vermelha com listras douradas em volta de um palito de canela coberto com açúcar e raspas de laranja, chupado sete sementes de cupuaçu-umbú e cuspido tudo em um lenço com a imagem de São Jorge bordada em ponto cruz e...
_Ta bom, vó! Ew, nossa! Chega, caramba. Vou tirar os sapatos...
_NÃO! Não faça isso! Não tire os sapatos aqui! Atrai desgraça tirar os sapatos aqui!
_Mas onde eu que vou tirar, então, cacilda béquer?
_No terceiro andar.
_No terceiro andar?!?! E depois eu volto como? Descalça?
_Sim, exatamente. Mas não use o elevador, porque a senhora do quarto andar vomitou nele novamente, tadinha. É a "quimicoterapia" que ela faz, porque ela teve câncer no reto e a bolsinha que ela carrega...
_Ta bom! Táááá! Eu vou! Pãtz...

Carolina desce até o terceiro andar com seu andar dez para as duas e as mãos nos bolsos. Chega, suspira, agacha e começa a desamarrar as chuteiras, digo, os tênis. Enquanto está tirando os sapatos, um vizinho abre a porta e fica observando a cena. Ele diz:

_Mas menina! Você também deu para embirutar, foi? Uma menina que faz direito, vai à faculdade... Depois quer vir falar na reunião de condomínio que a gente tem que pagar essa tal de taxa de seguro contra incêndio! Que biruta!
_Não, não, peraí, eu não acredito nessas coisas não! E tem que pagar a taxa sim!
_Ah, não acredita não? Então por que que desceu trocentos degraus de escada para tirar o sapato no meu corredor e depois ter que subir tudo de novo?
_Ai, é que a minha vó estava me deixando louca com todo aquele falatório de santo e simpatia... E ela não escuta quando você está gritando pelo amor do deus dela para ela parar! Aí eu pensei “bem, whadahell, vou descer as escadas...” (olha sem graça para o vizinho) Bom, acho melhor eu subir pro meu andar agora.
_Faz bem, menina. Humm... você é uma menina, não é?
_Quê?!?
_É que você se chama Carolina, tudo bem, mas tem esses cabelos tão curtinhos... E usa essas roupas meio... assim...
_Olha aqui, seu Carvalho, eu acho bom o senhor ir para o c...
_CAROLINAAAAAAAAAA! (berro da avó, trocentos andares acima, ecoando e balançando as estruturas do prédio, fazendo cair lasquinhas de tinta)

Nossa personagem principal suspira profundamente e sobe as escadas. Calçada, é bom esclarecer. A avó continua berrando seu nome, gerando ondas de sete graus na escala Richter e causando abalos irreversíveis na estrutura do edifício. Lá pelo quinto andar, Carolina desiste de responder, ou de alguma outra forma fazer a avó parar de mover as placas tectônicas com as cordas vocais. No trocentésimo-menos-um andar ela tira os sapatos. Sobe o último lance de escadas e encara a avó com um olhar pérfuro-contundente. Mas a avó tem catarata na vista esquerda e só discerne silhuetas, então a abraça e beija, babadamente, porém com um carinho irresistivel.

Então ela alcança, pela segunda vez, diga-se de passagem, a porta de casa e entra.

12.6.06

Para comemorar!

Gente, a Tcheca acabou de ganhar de 3 a 1.

Viva!

Carmen Desportiva

"Dia(s)" "da(s)" "Namorada(s)"

Queridas,

Hoje venho por esta fazer um Ode a esse dia tão confuso, paradoxal, complicado, instável... Entõen, por isso mesmo. Que dia melhor para ser o dia do mulher-com-mulher?

Viva. Urra.

Tem um pouco de tudo, como novela. Vejamos:

1)Drama:

Esse dia é a materialização institucionalizada daquela pressão social ancestral para o acasalamento monogâmico, definitivo e estável. Principalmente se você é mulher, não é mesmo? (amigas MTF, estou incluindo-as aqui. Força no colágeno, queridas.)

Oh! Que coisa! Será que serei uma mulher completa, me completando em outra? Afinal, nada melhor que uma mulher para completar algumas outras, ao contrário do que pensa o senso comum. Pense comigo: se você tem meia laranja ou, no caso, uma laranja que acha que é meia, enfim, você vai completar com uma banana? Até podia, mas não é esse o ponto.

O drama de ser “mal-amada”. Eu, pessoalmente, acho que uma mulher sozinha se considerar mal-amada é uma contradição em termos. A não ser que ela seja muito desastrada com o chuveirinho.

Encalhação: todas nós sabemos que isso tudo é sexismo e insegurança. Que é resquício dos tempos em que uma mulher sem marido não conseguia caçar mamutes suficientes para alimentar todos os filhos dos cretinos dos ex-maridos. Mas ainda assim, tem momentos em que a gente esquece tudo isso, chora, escuta Smiths e come um pote inteiro de sorvete vendo One Fine Day.

2) Antropologia feminista:

Afinal, se o tal deus existe, além de negligente e muito sacana, ele é machista: pensa só no hímen. Pra quê serve o hímen? Tá certo, muita coisa não serve para nada, tipo o apêndice, que só serve para supurar, dar apendicite e você ter uma das dores mais filhas da puta que há. Tudo bem. Mas seu apêndice não serve como materializador de um controle-barra-opressão sexual, minha querida. Seu hímen sim. Quero dizer: se o tal deus existe, ele fez o homem maior, mais forte, mais propenso à violência e menos capaz de processar a linguagem emocional alheia. Daí, "Ah! que boa idéia! Vou colocar um lacre sexual nas mulheres! Vai ser tão bacana!"

3) Suspense (traduzindo para mulheres, insegurança):
Se você tem uma namorada, ou seja, se está vendo uma menina há mais de dois dias, ou se já estão casadas, depois do longo e tenebroso inverno de esperar um mês para acertar as contas e conseguirem ir morar juntas, esse é um momento de muito suspense.

Será que ela vai lembrar? (isso porque, mesmo com todo o marketing do dia, você mandou colocar um outdoor piscante em frente à janela dela, só para garantir).
Será que ela não te ama mais e vai te dar um par de meias? Ou pior: será que ela vai comprar um presente melhor que o seu e então ela vai ficar achando que você não a ama mais?

Se você não tem namorada, esse também é um dia de muito suspense, porque você sempre acredita piamente que até o final do dia você vai conseguir reatar com a ex, ou então encontrar o amor da sua vida, a tempo de achar as lojas abertas e ainda em promoção.

4) Questão social:
Sua mente vira o Congresso Nacional e se divide em milhares de partidos com opiniões ligeiramente diferentes e ligeiramente parecidas, todos argumentando ao mesmo tempo. Você sabe que essa é uma data artificial, forjada por interesses das elites. Mas você também sabe que absolutamente toda data é artificial e forjada pelo interesse. Você sabe que tudo isso foi criado para explorar a insegurança natural humana de estar sozinho consigo mesmo no mundo, no fundo de tudo. Mas você também sabe que datas como essas movimentam e estimulam uma economia subdesenvolvida e inchada, que só pode mesmo sobreviver com base na ficção. No fim de tudo, você já está tão exausta de debates existenciais internos que nem lembra mais de nada; pensa na sua namorada uma última vez antes de entrar no shopping e aí...

5) TERROR! (“Aaaah!” Tan taaan! Violoncelos.)
Que diabos você vai comprar para ela? Não importa quanto dinheiro você tenha, nunca é suficiente. A questão é que se você comprar uma vila na costa do mediterrâneo talvez ela não perceba o quanto seu presente é menos do que ela merece. Mas, se você é uma duranga que guarda o troco do ônibus com todo o cuidado, tem que compensar isso com outro valor socialmente aceito como cambiável: tempo. Faça como as escolas de samba do passado: passe um ano inteiro juntando coisas como papel alumínio dos maços de cigarro antigos para fazer um enorme carro alegórico em forma de coração prateado, com uns espinhos enfiados, tendo entalhados trechos de letras de MPB e de músicas emo de bandas inglesas em vermelho-sangue.

6) Romance;
Sim, até existe romance. Depois que vocês chegam do restaurante lotado em que nem mesmo puderam ficar de mãos dadas porque tinha velhinhos sentados bem do lado, as 999 margaridas amarelas que você comprou já estão meio murchas, porque como está chovendo cântaros, você teve que fechar todas as janelas e ficou meio abafado para as 999 margaridas na sala de estar. Ela sorri e, mesmo lendo nos olhos dela que ela está pensando mesmo é em como vai dar trabalho varrer as pétalas mortas de 999 margaridas amarelas, você vê que ela está fazendo um esforço para esquecer o estresse de trabalhar o dia inteiro convivendo com perguntinhas sobre um tal de “namorado” (sic), pegar trânsito, esperar uma hora na fila do restaurante, a comida vir fria e meio mal feita, mais trânsito para voltar para casa... Ainda assim, ela ainda sorri o sorriso mais lindo do mundo, te olha com aqueles olhos amanteigados e, de repente, tudo faz click. Esse mundo porco, a morte inefável, a podre natureza humana, a arrogância e a negação dos podres ao olhar os outros podres, tudo isso se desfaz e toda a existência vira duas fatias de pão caseiro quentinho com queijo branco e orégano, chocolate quente, doce de leite de colher e pantufas aquecidas.

7) Aventura:
Você sabe tudo isso de cor e salteado. A sua namoradesposa é a mulher da sua vida, nada pode se comparar à segurança que vocês construíram, beleza é uma coisa fútil e muito relativa, nada vale a pena de quebrar o coraçãozinho dela e vê-la chorando, fazendo biquinho...

Mas não adianta. Sempre acontece alguma coisa – ou melhor, sempre quase-acontece alguma coisa, ou melhor, sempre não-acontece alguma coisa – e você fica se sentindo a pior das pessoas. Culpaaaa. Culpaaaa. Culpaaaa.

Carrilhão de abacaxi toca de hora em hora: cul-paaaa. Cul-paaaa. Cul-paaaa.

Não importa se ela nem estava por perto quando você olhou para o sorriso lindo daquela mulher no metrô um instante mais longamente do que seria normal. Não importa se a relação com a sua ex está definitivamente resolvida, conforme você vive repetindo: se você passar pelo diabo da tal ex na rua e pensar “nossa, como ela está bonita”, pronto. Nada mais importa. É como uma acusação de bruxaria: nada mais limpa seu nome no SPC. Culpaaa.

Nessas horas os caras se dão melhor: não sentem tanta culpa. E se sentem, foi porque comeram mesmo. Agora, com a gente, é sempre assim: nem comemos e já ficamos achando que estamos com a boca suja. Por quê? Culpaaa.

Enfim. Como eu disse, esss dia é mega complicado e confuso. Viram?

Um beijão no coração prateado com espinhos de vocês, sejam felizes e tristes, empolgadas e melancólicas, engraçadas e mau-humoradas, tudo ao mesmo tempo. Porque é assim que somos. E é isso que amamos.

Tenho dildo,

Carmen

7.6.06

: :: TOFU Filosofal da noite ::

"Acho que quem nasce abacaxi tem que se contentar em virar uma pina colada"




Devidamente descoberta por mim e digníssima Black Mamba. Namastê.

6.6.06

Confissões de Abacaxi - 2

Passar pelas bancar de jornal, hoje em dia, provoca suspiros de indignação e melancolia. Você sente falta da época em que "Rebeldes" era só a tradução tosca da Globo para a versão dublada de "Foxfire", aquele filme da Angelina Jolie.

Eu sei que você lembra. Passava no tela quente, assim, como se nada fosse. Mas as mensagens subliminares todas, você entendia.

A Angelina toda bofe, de cabelo curtinho e cara de menininha, pagando de sapa alfa, líder de gangue, rebelde com causa sem calça, libertadora das menininhas oprimidas... O auge é aquela cena em que ela salva a sapinha de ser dissecada pela outra sapinha, oprimida pelo professor tarado, velho, gordo e feio.

(Angelina, o James Dean abacaxi. Só que em vez de morrer, fez pior: casou com o Brad Pitt.)

E a cena do final? O que dizer da Angelina chorando, aquela carinha de sofrimento, indo embora na boléia de um caminhão azul?

Freightline Corporation. Ai, como eu queria ligar para essa companhia e ver se eles não me entregavam a Angelina lá em casa. Eu cuidava direitinho, dava atenção, botava no colinho, salvava de virar a Gia e morrer de Aids!

E Angelina era uma sapa tão hardcore nessa época que namorou a japinha que passa o filme inteiro com a cara na privada.

Ai, ai... Bons tempos que não voltam mais...

5.6.06

Confissões de Abacaxi - 1

No meu mundo, estudar direito penal é assistir ao clipe da Fiona Apple cantando Criminal.

http://www.youtube.com/watch?v=mKanLKlHdUc&search=fiona%20apple%20

Tudo bem que ela tá numa vibe muito anorexica pro meu gosto nesse clipe, mas a gente faz umas vitaminas de abacaxi pra ela.

4.6.06

:: Tcharãaaaaan ::


Então, a pedidos:
Era dela que eu tava falando (a da esquerda) e esse é um filme muito foda! Tudo bem que aqui ela não é a Georgina, mas...

Clea DuVall - Nunca Fui Santa (But I'm A Cheerleader)