27.3.07

Abacaxi Quotes

"Eu pegava qualquer uma dessas mulheres de mangá." _ Amy Ray, deixando clara a necessidade das orientais abrirem seus olhos.

14.3.07

PRÊMIO POCHETE DE OURO ABACAXI COM TOFU




Primeiro uma notícia triste: a bancada Frossardiana do governo ainda não conseguiu aprovar o nosso projeto de lei para que no dia internacional da mulher toda sapa ganhe uma mulher de presente, em vez daquelas rosas mortas bregas.




(uma mulher de brinde no dia das mulheres: faz todos os sentidos, digo, todo o sentido, não?)


Então, enquanto isso, vamos ao nosso, único e marveilheuse PRÊMIO POCHETE DE OURO ABACAXI COM TOFU!!!

Bom dia e shanat shalom, sapatada do meu Brasil vagisil! Me sinto honradíssima em apresentar para vocês esse tão importante prêmio. Tá bom que eu não sou a Ellen DeuxGeneres, mas pelo menos minha mulher não é uma mulher calça-da-gang, que nem a Portia de Rossi.


(vestidinho branquinho Lady Guinevere?!? Aaaah, me palpa, vai!)


Enfim. Sem mais delongas, o prêmio nacional pochete de ouro abacaxi com tofu vai paraaaa... o show da (censurado) no (censurado)!


Então! Ela leva o Prêmio para casa pelos seguintes motivos:

1)primeiro e mais importante: um monte de sapa gata. Uma coisa de louco. Todo mundo sabe que é cientificamente impossível reunir muitas sapas e garantir que elas sejam lindas ao mesmo tempo! ( se queres saber o porquê: http://pt.wikipedia.org/wiki/Princípio_da_incerteza_de_Heisenberg).

O que tinha de mulher gata naquele lugar era suficiente, só por isso, para garantir a Pochete de Ouro para a amiguinha (censurado). E tinha de todos os tipos, girininha indie, gótica de decotão, as meninas samba-de-raiz-de-mandioca e bofe a dar com o pau n’água (ui!). Aliás, tinha até o bofe mais bonito desde que Daniela Sea ganhou a International Golden Pochete quando entrou para a lista dos 100 homens (e mulheres) mais bonitos da revista Out.
Cara, era um bofe de fazer sereia morrer na praia. Era gostoso(a) pra caralho e... Ahn?!? Amor, que isso? Larga essa faca, tá maluca? Amor, que isso, vai, seja razoável, olhar não tira pedaç... AAAAi! Ai, puta merda, devolve meu pedaço!
2) O show em si foi mega bacana. As músicas eram mega bacanas, a guitarra da esposa da vocalista era mega bacana (o que dá um ponto final no meu debate com a minha esposa sobre telecasters de madeira), o casal bandal mandou bem pra caralho – e quando sapa fala ‘caralho’, é porque realmente ta falando sério.


As letras eu ainda não sei, porque não aceitavam cartão de débito e eu tinha gasto aproximadamente um salário mínimo em mates com limão e buttons. Mas, assim que eu puser minhas mãozinhas(ui) em um exemplar, me perguntem, porque, como diz minha esposa, um dos meus passatempos favoritos de domingo é brincar de jogo dos sete erros ortográfico-gramaticais em encarte de CD. Não que ela tenha formulado isso dessa forma ridícula, ela só me vê rindo do encarte alheio, me chama de chata, decide que eu devo ser punida e vai buscar o chicote que eu fiz para ela com um pedaço de cabo de vassoura e fibra ótica da net.
Quero destacar alguns momentos mais altos (ui) do show: sabem quando vocalista se empolga e resolve dar aquele abracinho no pobre instrumentista do seu lado? Aquele, que dá o maior susto e a gente erra tudo? Então. (censurado) se empolgou no momento romântico Depeche Mode e foi lá mostrar que tudo o que ela ever wanted estava ali, literalmente, in her arms. Ponto para a esposa instrumentista, que não deixou a peteca cair e conseguiu manter os dedinhos nos lugares certos (Ui). Outro ponto G foi a roupa que nossa querida amiguinha Mamma fez, customizada e exclusivissimamente.

(experimente sussurrar "exclusivissimamente" 3 vezes. Ui.)



3) O preço de entrada: só 3 reais. Tanta sapa linda por 3 reais é praticamente a prova da inexistência de deus.


(Nossa Senhora da Inseminação Artificial nos proteja da invisibilidade, amén. )

4) A carona que a exma. Sra. Esposa da (censurado) me deu, o que com certeza aumenta minha boa vontade de conceder o prêmio.

5) Lá pro fim do show, (censurado) escorregou no lubrificante e mandou: “essa música é mela-cueca”, o que provocou imediatamente profundo tesão em um grupo da platéia e convulsões de asco da maioria. Eu ainda gritei “Você não quis dizer mela-calcinha?”, mas ela achou que alguém estava falando do Wando. Só por isso, ganhou mais um ponto porque todo mundo riu, o clima descontraiu e todo mundo pôde imaginar a mulher mais próxima de cueca, em paz de espírito.



Vamos estar evitando constrangimentos,

Carmen

1.3.07

Pussy Rap: um manifesto à reinvenção saponácea do gansta rap

Sexo e sangue. É isso que todo mundo quer. Você pode ter tido a sorte de ter sido humilhado, pisoteado e reprimido por tempo o suficiente para aprender a ver o mundo com a cabeça de cima, mas não adianta: nem todo mundo tem essa cabeça de cima, mas todo mundo tem a cabeça de baixo.

Tudo bem. Eu sei que você não é como eu e está achando essa divagação um saco. (se você, por outro lado, pensa que sacos são coisas interessantíssimas e, assim, também achou essa divagação interessantíssima, convenhamos que, mesmo assim, você é menos ainda como eu).

Portanto, como eu sei que o que vocês querem é sexo e sangue, vou falar de gangsta rap. É, cumpadi, essa parada aí mermo. Aquele estilo de rap americano em que se fala muito palavrão, aparecem um monte de Pamelas Andersons de biquíni lavando o carrão conversível do cara macho-alfa, todo mundo vai dar tiro na cara de todo mundo, todo mundo é cafetão e acha isso bem legal, todos os homens usam pingente de diamante e a Marilyn Monroe fica confusa no além-mundo.

É aquela história. Se poderia escrever uma dissertação de mestrado sobre todos os comportamentos banais, primários/primitivos, bárbaros, machistas, irresponsáveis e blablablabla presentes em uns dois minutos de videoclipe.

Mas isso você já sabe.

Agora, eu quero trazer um insight inovador: como gostar de gangsta rap.

"Ahn?!?"

É fácil, não fique achando que não é. É só você substituir algumas pecinhas e plim, você já está pensando em rebaixar seu caminhão. E que pecinhas seriam essas?

Elementar, meu caro Butch. Sexo e sangue!

Como você, se for como eu, não tem o menor interesse sexual nas mulheres infláveis que os homens heterossexuais curtem e nem tem interesse sexual nos homens heterossexuais que, por sua vez, curtem as mulheres infláveis, então tem que limar as mulheres lava-a-peito do clipe. Tira tudo, tudinho.

(Tirou tudo, já? Ui. Então me liga, gata.)

Bom, voltando. Agora, tira os caras oleoginosos sem blusa, os carros conversíveis, a letra do rap, os pingentes gigantescos de diamante. (Sim, diamante é coisa de viadinho. Sapa que é sapa só bota diamante na aliança da esposa.)

E o que ficou? Um galpão escuro, esfumaçado e coberto de grafitti, uma batida até bacana se você estiver de bom humor e roupas largas no chão, certo?

Óquei, meu bem! Excelente. Agora comecemos a re-rechear o clipe. Siga meus passos:

1) Coloque um caminhãozão bem no meio do galpão. Um caminhão lindo, boléia verde-água, rodas cromadas brilhantes...

2) Preencha o caminhão. Coloque lá dentro o que você quiser. Todo mundo sabe que carro tem que ser grande, mas não porque a gente tem um dildo pequeno! É pra caber a mulherada toda! A nossa namorada, as nossas amigas (quem a gente ainda não pegou e ta guardando na geladeira ou quem a gente não quer pegar mesmo), as nossas ex-peguetes, as ex-namoradas, as ex-namoradas da nossa namorada, as ex-peguetes da nossa namorada, as ex-namoradas das ex-peguetes da nossa namorada...

3) Abaixe o volume daquela bosta de batida repetitiva, que já está enchendo o saco. Coloque alguma coisa pra salvar a música, tipo um grupo musical de meninas, executando leves variações e evoluções que durem a noite toda, pra não ficar mais aquela chatice bate-estaca de homem heterossexual (interprete como quiser). Anota a receita, amiga! Coloque aí umas duas percussionistas bem gatinhas, uma baterista cheia de estilo e que toque tão bem com baqueta quanto com escovinha (ui), uma contra-baixista de moicano, uma pianista-de-cauda vestida de terninho cinza (ui, molhei a cadeira)...

4) Introduza, bem devagarinho, o elemento sangue: coloque lá umas pessoas bem idiotas em que você gostaria de enfiar a porrada mas não pode porque (a) elas moram em Washington D.C., (b) elas têm guarda-costas, (c) elas pagam o seu salário, (d) matricídio tem uma pena muito longa ou (e) sua namorada ia dar um escândalo (ou pior ainda, se negar a fazer sexo).

5) Agora coloque no cenário coisas bem barulhentas e gostosas de quebrar: garrafas, mobília de compensado das casas Bahia, aqueles bancos altos de boteco que só prendem a sua saia e te deixam com dor no joelho e na lombar, tacos de sinuca, sigilo bancário de político, a cara de parentes fãs do antigo testamento...

6) Por fim, junte umas cinco daquelas suas amigas bem talentosas, que escrevem poesia sofredora, e as coloque para escrever com você uma letra muito debochada, cheia de tudo o que você sempre quis dizer, mas seu superego não deixava.

7) Pronto! Agora chame aquele alguém especial para cantar e se jogue! A minha versão pode ser vista no link aí embaixo, já que, por sorte, o pessoal do SNL tem gosto parecido com o meu.

http://www.pistolwimp.com/media/42822/

(Ei, Natalie, meu sabre de luz fala hebraico por você.)

Não gostou? Então que se foda, sua chupa-rola filha de uma piranha gorda que casou virgem.

M.C. Carmão